quarta-feira, 21 de setembro de 2011

20/09/11 - Décimo oitavo dia - Em casa

Depois de 18 dias de estrada, graças a Deus estamos em casa.

Saimos cedo com a moto do Carioca precisando ser reabastecida de óleo a cada 50 km. Viemos tranquilos, parando, conversando até Pirassununga, daí pra frente o Robson tocou até Americana, eu e o Zé Glauco viemos para Ouro Fino. Rodamos hoje 586 km, totalizando 8.743 km de percurso, desde o dia 03/09/11.

Uma experiência impar, onde pudemos conhecer outros povos, outras culturas, novas paisagens, um pouco da grandiosidade divina.

Vou compilar os dados e colocar o que foi realmente útil de se ter levado, o que foi supérfluo, quantos km e mais alguns dados.

A moto se comportou muitíssimo bem, para falar que  não aconteceu nada, a junta do lado da embreagem esta vazando óleo e o cabo do acelerador esta enroscando. Só isso em quase 9.000 km de estrada. A DR800 foi feita para isso.

Foi uma experiência inesquecível, uma lição de vida que me mostrou o lado doce das paisagens e o amargo de alguns povos, que não tem a mínima estrutura para receber turistas.

Só tenho que agradecer a Deus, a minha família, aos amigos de estrada e aos amigos que ficaram em casa torcendo por nós, por tudo ter dado o mais certo possível.

Aguarde em breve os dados oficiais da viagem, mais fotos e se Deus quiser, mais aventuras.

Abraços do Guto

Descansando na garagem
Km final.
Despedida do Carioca
Chegada em Ouro Fino - dá pra ver a cara de felicidade...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

19/09/11- Décimo Sétimo Dia: Rondonópolis-MT até Prata-MG

Hoje o dia foi longo. Saímos de Rondonópolis as 07:15h e pensei que iria dormir em casa, afinal só faltam + ou - 1400 km, mas deu pra rodar somente 863 km.

Só que a estrada até Alto Araguaia esta uma merd@ sem tamanho, com buracos, uma média de 30 bi-trem para cada carreta, e de Jataí-GO pra frente estão fazendo interrupções temporárias na estrada de 30, 40 minutos em cada parada. Aí já viu né, quebra o pique da viagem.

Se não bastasse isso, o Carioca abriu uma nova sociedade, ele agora é sócio da BR na área de lubrificantes. A DR dele esta gastando uma média de um litro para cada 100 km rodados, então, temos que vir parando e colocando óleo para não empepinar mais. Ele trocou também o relê do farol que não estava acendendo a  luz baixa (pra variar ele tinha guardado na sua caixa de 1001 utilidades).

Estava até esquecendo, hoje adquiri minha primeira propriedade na viagem. Ao sair do posto de combustível em São Simão-GO, teve um imbecil que jogou uma garrafa plástica de água no chão, e ela já estava amassada. Agora imagine esta garrafa amassada bem embaixo do pneu dianteiro na hora que voce da uma "beliscadinha" no freio. Pronto, foi chão, mas nada de grave, somente a pedaleira direita torta e o pedal de freio dobrado. O protetor de tanque provou para que veio, e eu fiquei muito "P" da vida com essa bobeira.
Como os amigos não tiraram foto da moto caída, sobrou a foto da causadora da queda, rsrsrsr.

Estamos agora entre Prata e Frutal, bem na ponta do triângulo mineiro, quase chegando em Barretos-SP.
Amanhã, se Deus quiser chegaremos em Casa. Estou ficando cansado de andar de moto (na mesma paisagem, diga-se de passagem, rsrsr).

Já avisei lá em casa, deixar um balde de desinfetante para jogar na jaqueta, capacete, calça e bota, porque a coisa esta feia. De manhã na hora que vou vestí-los, eles já estão saindo correndo e escondendo até embaixo da cama.

Divisa MT-GO em Alto Araguaia

O Carioca estava comprando sua terceira caixa de óleo de motor

O Relê queimado

A garrafa assassina

18/09/11- Décimo Sexto Dia: Comodoro-MT até Rondonópolis-MT

Mudou a paisagem, agora varia entre queimado e não queimado. PQP, já estou cansando de andar, andar e não ver nada diferente. Rodamos hoje 851 km, gostaríamos de ter andado mais, estava muito desgastante.

Pra variar, o calor aumentou e muito, chegamos em Rondonópolis as 19:00h com calor de meio dia. Não sei como o pessoal daqui consegue acostumar com este clima.

O único jeito de refrescar era molhar a roupa enquanto abastecíamos as motos

Até as motos estavam querendo sombra

17/09/11- Décimo Quinto Dia: Porto Velho-RO até Comodoro-MT

Que tédio......
A paisagem não muda. Floresta mesmo não tem nada, somente pastagens e calor, muito calor. Rodamos 828 km, onde que a única coisa que muda é o hodômetro da moto.

Pegamos um pouco de chuva 2 vezes, que não deu pra refrescar nada, só atrasou um pouco a viagem.

Em Comodoro descobrimos que o Carioca tem outros negócios, e acho que nem a Zinda tem conhecimento, e como ele não quer dividir o lucro, resolvi contar. E tem foto para provar.

Amanhã vamos ver se a paisagem muda, mas...

O almoço do dia (bem melhor que pollo com papas fritas)

Mais um estado ficando para trás.. (logo após Vilhena)

Uma bela pizzaria em Comodoro-MT

O Carioca com seu empreendimento em MT

sábado, 17 de setembro de 2011

16/09/11 - Décimo Quarto Dia: Assis Brasil-AC até Porto Velho-RO

Hoje cedo já devia estar uns 30 graus no termômetro. Que lugar para fazer calor... E nem sabia que iríamos passar por mais calor ainda.

Resolvemos trocar o óleo das motos novamente, e atrasamos um pouco a saída, mas o dia até que rendeu.

Na divisa do Acre com Rondônia, fomos parados pela Polícia Rodoviária Federal, que muito educadamente averiguou os documentos, conversou e mostrou-se muito bem preparada para o cargo ao qual ocupa. Só que, um dos policiais pediu pro Zé Glauco abrir os baús laterais, e resolveu cheirar para ver se tinha alguma coisa. E no Baú estavam as meias e cuecas usadas do Zé. O coitado do guarda quase ficou intoxicado. rsrsrsrsr.


Passamos por Rio Branco-AC e atravessamos de balsa o Rio Madeira juntamente com mais alguns caminhões, só que esta balsa é "a balsa", e não como aquela para atravessar o estreito de Tiquina que não sabíamos se segurávamos as motos ou a nós mesmos.

Na balsa conhecemos o "Lamparina", um cara super gente boa, que participa de um moto clube em Porto Velho e nos deu umas dicas sobre a cidade e nos convidou pro café da manhã junto com outros motociclistas no sábado. Mas como esperamos sair cedo amanhã, agradecemos o convite. Valeu meu amigo, este é o verdadeiro espírito motociclístico, quando for pra Minas dá um alô.

Paramos para fotografar a antiga Locomotiva da Ferrovia Madeira-Mamoré, pegamos um bom trecho da estrada que está em reforma, e chegamos em Porto Velho às 21:00h, depois de ter rodado 822 km num calor de "rancar tatu da toca".
já deixando um estado para trás

Os caminhões entrando na balsa

O Rio Madeira

As motos na balsa

O Zé (e o) Carioca

As duas máquinas

E dá-lhe calor...

15/09/11 - Décimo Terceiro Dia: O Início do Fim

Muito bem, quinta-feira, 07:00h da manhã e tudo pronto para deixarmos Cusco e começarmos a voltar para casa.

A parte triste desta aventura é que agora o grupo irá se separar. Eu, o Zé Glauco e o Carioca estamos retornando ao Brasil via Interoceânica e, o Egea e o Fabrício continuarão seu destino até o Chile e Argentina. Digo triste porque é difícil um grupo de 5 pessoas conviverem tão harmoniosamente durante todo este tempo, sem ter ocorrido uma só discussão, sem que alguém tenha se sentido magoado ou tenha magoado alguém. Dizem que para saber se a pessoa é amiga, tem-se que comer um pires de sal junto, e nós comemos um "balde" e saímos dando risadas.... Egea e Fabrício, vão com Deus meus amigos, que nós estamos lhes acompanhando por aqui.

Bom, hoje, após sairmos de Cusco, rodamos cerca de 60 km até começar a subir a Rodovia Interoceânica, no município de Urcos. E depois que a estrada começou a subir, subiu e como subiu. Chegamos a 4725 mt de altitude, o recorde de todos os dias, e como fez frio... Paramos para colocar mais luva, agasalho e tirar uma foto, depois não deu coragem de parar para fotografar. No alto da cordilheira ainda pegamos alguns pingos de neve.

Achei esta a estrada mais bonita pela qual já passei, com suas curvas, cachoeiras brotando do nada, e, no final da descida, aparece a amazônia peruana. E ai o tempo começou a esquentar, e como esquentou.

Chegamos em Puerto Maldonado/PERU às 15:40h e nos disseram que a aduana em Iñaperi fechava às 18:00h. Achamos que a distância de 230 km seria facilmente alcançada, só que tem uma cacetada de quebra-molas no meio do trecho, e chegamos na aduana às 17:55h.

Foi a conta de passar na imigração para carimbar o passaporte de saída e entrar na aduana para dar a saída das motos. Pronto, estamos no Brasil.

Rodamos 745 km, passando pelo ponto mais alto da viagem, pegamos neve, transpusemos a amazônia peruana e pernoitamos em Assis Brasil.
Com a graça de Deus conseguimos realizar tudo isso em um só dia.

Subindo a Rodovia Interoceânica

Abastecimento no meio da estrada

Olhem que tecnologia...

Amazônia Peruana

Madre de Deus - Peru

Última placa saindo do Peru

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

14/09/11 - Décimo Segundo Dia: Conhecendo Cusco, a Capital do Império Inca

Saímos de Ollantaytambo e fomos para Cusco/PERU, uma distância de 100 km. Era para ter saído cedo, mas a moto do Egea deu problema de bateria e gastamos um tempão para arrumar.

Chegamos em Cusco e logo começou a chover, choveu até pedra e esfriou pra caramba.

Ficamos em um Hostel, que tivemos que passar com as motos por dentro do Hall do mesmo para deixá-las no pátio interno.

 Eu e o Zé saímos para ver as construções na "Plaza de Armas",  passear a pé pelo centro de Cusco e fazer umas compras, o carioca ficou dormindo, e o Egea com o Fabricio foram comprar outra bateria.

Amanhã cedo o grupo irá se  separar, Egea e Fabricio irão para o Chile e nós retornaremos ao Brasil, com chuva ou sem chuva, com frio ou com muito frio. Estamos programando de sair daqui às 07:00h  e, se der certo e render a viagem, sem chuva, frio e a altitude para dificultar o rendimento das motos, chegaremos em Iñapari, última cidade do Peru (divisa com Acre), ou, caso contrário, até Puerto Maldonado/PERU.

A emoção do retorno é tão grande quanto a ida, é como se fosse outra viagem, que só acaba chegando no aconchego do lar, sempre com a companhia e proteção do Pai Celestial.

Não estou conseguindo anexar as fotos de Cusco.
 Agora, vamos sair para lanchar com a turma.


Motos no pátio do hostel


Basílica de la Catedral - Cusco

Catedral do Coracion de Jesus - Cusco

terça-feira, 13 de setembro de 2011

13/09/11 - Décimo primeiro Dia: Objetivo alcançado

Chegamos em Machu Picchu.
Difícil com palavras descrever a sensação de pisar no solo sagrado, difícil explicar como pôde o homem fazer aquelas obras....

Depois de ter visto muitas paisagens fascinantes na viagem, como a travessia da Cordilheira, o altiplano boliviano, o lago Titicaca, com suas ilhas flutuantes, os picos nevados até Ollantaytambo, não achei que fosse me emocionar com a visão de um monte de pedras empilhadas.

Mas não foi isso que aconteceu. Lá é diferente, o sabor da conquista, de atingir o objetivo, de observar as construções, de fazer uma oração ao PAI, agradecendo por tudo que foi conquistado até agora, me fez sentir mais perto dele, me fez acreditar que tudo é possível, basta apenas querer e começar.

Não me pergutem se é obra de seres extraterrestres, ou de Deus, ou simplesmente invenção de alguns, só sei que me emocionei em estar lá e pra mim isto foi o suficiente.


Amanhã iremos até Cuzco visitar os monumentos de lá, e depois começaremos o retorno a Ouro Fino, e irei postando sempre que pararmos (ou se tiver acesso a internet).

Obrigado aos que viveram esta emoção junto comigo e meus amigos. E que continuem a nos acompanhar até chegarmos em casa.

Primeira Vista
A camiseta do Zé Glauco traduz um pouco do que somos
É ou nao é bonito?
Olha eu ai...
O outro lado de Machu Picchu
O Vale sagrado
Um dos moradores do vale
A nova amizade do Zé Glauco

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

12/09/11 - Décimo Dia: Um dia de Turista

Pois é, não conseguimos ir a Machu Pichu hoje, pois envolve uma logística de pegar o trem de Ollantaytambo para Águas Calientes, ter o ingresso para entrar no parque e a van para levar de Águas Calientes até o parque.

Ao meio dia conseguimos resolver tudo, só que tem que pagar uma guia no banco, e aqui não tem agência bancária.  Tivemos que ir ate Urubamba, uma cidade que fica voltando a 25 km daqui. Conseguimos tudo isso e ficamos com o resto do dia livre para lavar a roupa suja, passear pela cidade, pechinchar nas barracas e tomar uma gelada, enfim, programa de turista de bermuda e chapeuzinho, e amanhã... MACHU PICCHU.

No almoço experimentamos carne de alpaca. Nada mal, é até que bem saborosa, mas não vimos a cozinha do restaurante, vamos aguardar os efeitos mais tarde..rsrsrsrs.

Amanhã estaremos pegando o trem às 06:00 da matina.

Um mapa da região de Machu Picchu

O mercado em Urubamba

O Carioca pechinchando as meias

Andando de puc-puc

Isso é um puc-puc, uma mistura de moto com alguma coisa

No fundo as ruínas de Ollantaytambo

Só mudou um figurante

11/09/11 - Nono Dia: Chegada a Ollantaytambo

Estamos quase chegando. Saímos de Puno cedo e rodamos 450 km até Ollantaytambo, numa estrada que circunda a região de Cuzco, através de montanhas nevadas e um trecho com muitas curvas acompanhando o Rio Urubamba. Espero que Machu Picchu seja muito bonito, porque esta região não deixa nada a desejar.

Pra variar, o almoço foi bolacha de água e sal e refrigerante. Passamos por algumas ruínas no meio do caminho, como chegamos tarde na cidade, vamos ver se conseguimos os ingressos pro parque amanhã.

Monte nevado ao fundo

Frio é pouco, estava gelado

E a chuva estava chegando

Ruínas antes do vale do Rio Urubamba.

É ali Machu Picchu, mas ainda falta uns 300 km.

Vale do Rio Urubamba

Olha as ruínas no meio do morro. Isso é em Ollantaytambo

Vista da praça de Ollantaytambo

Zé Glauco contando histórias aos garotos em um posto de gasolina em Santa Rosa.